Quarentena Feelings — Agradecimentos

Marcela Mazetto
3 min readJul 5, 2020

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Acho que todos passamos por situações em nossa vida que consideramos como renascimentos, seja o fim de um relacionamento ruim (não se restringindo somente aos amorosos), o fim de emprego, de mudança de lares e até mesmo, mudanças pessoais que vem de nosso próprio interior. Independente de qual seja seu motivo, tomara que este texto te encontre em um momento melhor, desses que a gente pode encontrar a paz pela distância, alegria no silêncio e amor próprio.

Hoje me dou o direito e dever de trazer uma palavra para quem ainda se encontra no processo de libertação e precisa de um “impulso” para que tome determinadas ações. Esse texto é pra você, pra saber que existe um mundo incrível além dessa “prisão” ou ambiente limitante em que se encontra.

Acho que existem alguns momentos cruciais que te mostram que está tomando decisões corretas, como por exemplo, quando você encontra amigos novos.

A vida vai te presentear com amigos dos quais você nunca imaginou que faria, desses que surgem por meio de encontros do passado, que te inserem em uma nova realidade, em novas pessoas, novos mundos, novos gostos e novos acolhimentos, daqueles que você sente até medo de tamanho anseio e alegria pela sua simples presença.

Mas queria trazer à tona o simples prazer do redescobrimento. Desse que a gente consegue por meio dos amigos antigos. Desses que a gente não vê faz tantos anos, faz tantos meses ou acha que não tem nenhuma intimidade. Agradeço a todos os redescobrimentos dos meus melhores amigos, desses que não hesitaram em nenhum momento em abraçar não somente a mim, mas a minha família, por meio de simples gestos, por meio de simples mensagens e simples lembretes de como o amor pode atingir fronteiras e distância inimagináveis.

Agradeço pela alegria, pelo pertencimento, peça aceitação e por me amarem diante de cada defeito ou qualidade que trago em mim. Vocês são incríveis e parte determinante para que eu me encontre no atual momento em tanta metamorfose e aceitação. Não importa o quanto eu me esforço em escrever e exprimir meus sentimentos, nunca será suficiente diante da importância e densidade disso, dessa forma, me permito no resumo de apenas um obrigada.

Minha família reduzida, mas não menos amada do que meu pai e meu irmão. Vocês são a principal razão de qualquer mudança e qualquer centelha de vontade de vida ainda. Agradeço por cada abraço em momentos terríveis, por cada elogio que faz sentido em toda minha esquisitice, por cada apoio quando tudo não fazia sentido e por serem meu norte. Vocês são a base e a razão, o meu sentido. O motivo para que toda a roda continue a girar.

A vida se torna mais bonita depois de determinado tempo, de muita aceitação e muita reflexão, dessas que a gente olha pra mesma paisagem que há muito já se está acostumada, e ainda consegue encontrar uma nova alegria, uma beleza nova do vai e vem das ondas, encontra alegria em cada suspiro e em cada momento que ainda nos está prometido. Em tudo de bonito e maravilhoso que ainda nos traz à tona diante de milhares possibilidades.

Sinto felicidade em reencontrar em mim mesma a felicidade em olhar pra aqueles amigos próximos e enxergar a alegria, de me sentir satisfeita pelo caminho que cada um tomou, de sentir orgulho de seus respectivos parceiros, respectivas profissões ou missões diante da realidade. Queria um dia ser possível expressar o tamanho do amor e satisfação em ver cada um feliz em suas escolhas. Principalmente por nunca desistirem de mim, mesmo quando não mereci.

A vida tem dessas, de suas retiradas, surpresas não tão alegres e momentos terríveis, desses que a gente queria ser uma coruja e ter toda a capacidade de camuflagem. Mas, graças a todos vocês, me tornei na maior entusiasta em cada segundo que ainda me resta na Terra. Palavras nunca me serão o suficiente para atingir o coração de cada um, mas por enquanto é o que me resta. Dessa forma, presenteio cada um de vocês com esse simples e singelo texto.

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Marcela Mazetto

Jornalista, feminista, emputecida e exercendo a expressão no limite (ou não).